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domingo, 8 de abril de 2018

Formosa Favela

17 de janeiro ·
Formosa Favela
O anjo com suas mãos rasgada de sangue
Como pode um ser nascido na favela
reencantar o seu olhar com
O esgoto a céu aberto a conflitar com o azul?
Como pode manter calado o grito da dor
que aos seus tímpanos estouraram com as rajadas
e mortes espalhada pelo chão .
Será que vem da música que o estomago vazio
canta para acomodar suas tripas? Ou
Vem da força que incendeia a veia do coração,
vem como veio pra Zumbi dentro da embarcação
Penso vir da magia da vida que tem a proteção
não avistada pelos olhos do corpo, porém,
atiçada, ritmada pelo pulsar do tambor.
Um poema negro
No teu sofrimento ,sonhos sempre inseguros
A morte percebo dedilhando nas asas de um anjo
Secam sangue nas calçadas e no esgoto suspiram imagens
No tambor fúnebre jogado na terra
Desfigurando as imagens
da Formosa Favela
As melodias e as partituras não tem desenhos
Somente marcas pelo chão só rajadas sinalizando
O alvorecer da liberdade
Permanece seus corpos que beijam os espinhos cravados
em buracos ,que esfacelou se pelo tempo
Marcia Eli
@Direitos Reservados
T6232697

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