Rosa Branca
Abro a vidraça à luz fulgente e acolhedora
Colho uma rosa meio aberta e branca
Coloco-a em água,
E ponho a jarra sobre a minha mesa
Que é de gerar o mais estranho enlevo:
A rosa, debruçada,sobre o vaso,
Vai perfumando e lendo o que eu escrevo.
e um coquetel dos prados rosa linda flor
Porque se não sentes me inspira amor ?
Perguntei ” o quê?”.
Ela não respondeu.
Mas continuava a ouvir chorar. E repeti a minha pergunta.
“Nada, não é nada”.
Se não era nada, só podia ser tudo.
Porque não me lembro do dia em que nada fazia chorar.
Aos que gritam no silêncio. pela violência do grito
acerta o teu olhar pelas lágrimas da vida
E não pelo discurso, pelo relógio,
pelo apito que marca a hora certa
da entrada e da saída.
Horas que passo assim , deliciosas!
Sentindo as rosas quais se fossem versos...
Aspiro-lhe o perfume. Parecem de carne.
As pétalas entreabertas vivem...
Fascinada,
As minhas mãos estendo
Tocando-as,
E nas minhas mãos Desfolham-se...
apos um determinado tempo parei
Lembrei me , Senti a tua voz
pelo rigor da ternura acertou meu coração
Minha rosa branca
o tempo e muito lento que nos separa
muito longo para que possamos
gozarmos para amarmos
Para juntos sentimos as marcas da nossa
Rosa branca
Marcia Eli
@Direitos Reservados
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