De forma sombria amedronta,
Que segredo me aguarda?
Barulho no teto... será vento?
Será brisa?
Ouço passos...
Destranque os ferrolhos da porta,
Tire essa manta rasgada que te cobre,
Sinto as curvas desse caminho perigoso,
Siga devagar... desacelere no trecho sinuoso,
O cheiro forte, não é da morte,
O cheiro úmido e forte, É doce e venenoso...
É doce néctar , De ardor, até o amor,
Meu corpo é chama e flameja,
É o que você vê e deseja,
Esta noite toma o meu corpo, usa-o para teu prazer,
toma a iniciativa , deixa de lado pudores
e falsos moralismos, puritanismos ultrapassados
e sem sentido, toma o meu sexo nas tuas mãos,
e faz dele instrumento do teu prazer,
Porque sei que a mim me darás idêntico
saber que te satisfaço nas tuas fantasias e fetiches,
é seguramente o melhor afrodisíaco
que poderia ter usa-me esta noite e nas noites que o desejares
Nesse perigo eminente,
Escorraça-me, escraviza-me, mas nem tente!
Negar o desejo da carne ardente, E todo excitação latente,
Oculta em minhas coxas...
um corpo que usa e deixa -se ser usado,
nesta união de sentidos em que a tortura é sempre doce,
e os momentos em que espero e anseio o teu toque
Agora eu tenho a chave da liberdade,
Entregue ao serviço do teu desejo,
Servidão?... Pode até ser!
Sou agora, escrava do teu prazer.
Marcia Eli
@Direitos Reservados
T 6364265
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